Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. Não é uma escolha pessoal apenas, é um serviço de adoração e entrega a Deus. Servir a Deus não é obrigação, é um privilégio, um ministério, um motivo de orgulho e amor a Deus.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
São Vicente de Paulo 27 de Setembro
"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Mat 22,37.39).
Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a "Congregação da Missão" (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as "Filhas da Caridade" (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
São Vicente de Paulo, rogai por nós!
dia 201 de setembro :São Mateus
A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!
Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.
Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.
É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como:
"Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro."
Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!
Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.
A MEDALHA DE SÃO BENTO
Bento nasceu em Núrcia, não muito longe de Roma, em 480, seus pais de nobre linhagem, o enviaram para Cidade Eterna, a fim de que se formasse nas ciências liberais, visando uma boa colocação na magistratura. O Império Romano estava esfacelando-se frete à pressão dos invasores bárbaros.O último imperador Rômulo Augístulo entregou o comando da Itália a Odoacro,rei dos hérulos, em 476. O ambiente romano era leviano e frívolo demais para o jovem estudante Bento que, aspirando a idéias superiores, acabou se desgostando.
Retirou-se às montanha da Úmbria e, imitando o exemplo de outros eremitas, escolheu uma gruta quase inacessível num penhasco chamado Subiaco, afim de entregar-se à oração, à meditação e à ascese cristã. Outro eremita, de vez em quando lhe fazia descer num cesto um pouco de pão para completar a pouca alimentação.
Não existiam ainda, na Itália, instituições monásticas, ao contrário do Oriente, onde, onde já havia uma tradição a respeito. Os mosteiros fundados por Santo Honorato e Santo Cassiano um século antes na França eram pouco conhecidos na Itália.
Bento sentiu-se inspirado em fazer a sua experiência eremítica e monástica. Ficou três anos na solidão daquela gruta; sua experiência aos poucos, contagiou outros jovens desejosos de cultivar os valores espirituais. Entre os primeiros disciípulos, contam-se São Mauro e São Plácido.
A experência de São Bento foi amadurecendo com o estudo das Regras monáticas de São Pacômio e de São Basílio, procurando assimiliar o que havia de melhor e adaptando-o ao espírito romano. Aos 40 anos de idade, não encontrando mais condições de sossego, por interferências estranhas, Bento deixa subiaco, ruma para o sul de Roma. e constrói o famoso mosteiro de Monte Cassino, considerado o centro propulsor da vida beneditina em todos os tempos.
No cume de um monte, este mosteiro devia realizar o ideal de vida consagrada: não em cenóbios em que o monge vive sozinho, exposto a perigos e ilusões de fixismo religioso, mas em vida comunitária sob a direção de um mestre espititual, o abade (abbas=pai) num mosteiro auto suficiente.
A expansão que calcançou esta iniciativa monástica foi impressionante.Duzentos anos mais tarde, a Regra Beneditina vigorava em toda a Europa eliminando praticamente todas as demais formas de vida consagrada.
Este sucesso não foi casual, mas inerente ao equilíbrio e sensatez da Regra. Pois o fim da Regra de São Bento era formar cristãos perfeitos, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo , mediante a prática dos mandamentos e conselhos evangélicos.Essa perfeição, pensava o santo, era mais fácil de ser atingida na vida comunitária do que na solidão. Neste sentido, a Regra de Sào Bento marca um claro progresso em relação à regra individual, eremítica ou cenobítica.
Outro precioso fator era o equilíbrio e a moderação. A Regra devia ser possível a todos e adaptável
à capacidade de cada um, de modo que os fortes, possam desejar mais e os fracos não se sintam desencorajados. Nela há uma dosagen equilibrada de entre trabalho manual e ot tempo de repouso, de oração e estudo. ORA ET LABORA, "oração e trabalho", era seu lema: oração tranformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência. O convívio fraterno completa o equilíbrio psicológico.
Os mosteiros beneditinos se tornaram na Idade Média centros de civilização integral, faróis de evangelização e ciência, escolas de agricultura. Deram à Igreja inúmeros homens de grande ciência e santidade. Das fileiras beneditinas sairam 23 papas, cimco mil bispos e os santos canonizados são cerca de três mil.
A poucos quilômetros de Monte Cassino, Santa EScolástica, irmã de São Bento, adotou a Regra para as mulheres, dando origem às monjas beneditinas.
São Bento faleceu em Monte Cassino em 547 no dia 21 de março, com 67 anos de idade. Sua figura histórica agigantou-se cada vez mais, encontrando rápida ressonância na literatura, na arte e sobretudo na vida religiosa consagrada. A Igreja o reconhece como o padroiro da Europa. Antiga tradição beneditina colocou sua festa no dia 11 de julho com o nome "Patrocínio".
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Camisa Clergyman: Camisa usada por sacerdotes com gola especial.
Túnica ou Alva: Vestimenta, quase sempre de cor branca, que veste o sacerdote e os coroinhas, recobrindo todo o seu corpo.
Sobrepeliz: Veste branca usada sobre a batina por coroinhas em algumas comunidades também é usada por cerimoniarios.
Estola: Usada por cima da alva ou túnica, é uma tira comprida de pano. É o símbolo do poder sacerdotal, e a cor varia de acordo com o tempo litúrgico. Além de ser usada na missa, também o é na administração dos sacramentos e nos sacramentais.
Estola Diáconal: Semelhante à estola sacerdotal, mas na transversal.
Casula: É o traje usado pelo sacerdote durante as ações sagradas, usadas geralmente nas Missas, Domingos, solenidades e festas. É usada sobre a túnica e a estola.
Dalmática: Veste própria do diácono, que a usa sobre a alva e a estola. Também o Bispo e o usa, debaixo da casula, em ocasiões especiais.
Batina: utilizada pelos sacerdotes
Capa Pluvial: Capa comprida usada pelo sacerdote, e também pelo diácono, para bênção, procissões eucarísticas e aspersão dos fiéis com água benta.
Véu Umeral ou Véu de Ombros:
Manto usado pelos ministros ordenados, colocando sobre os ombros dos mesmos, com o qual seguram o ostensório.
Mitra: Chapéu usado pelo bispo, o coroinha que fica encarregado de segurá-lo durante a celebração deve usar o véu umeral e a esse coroinha se dá o nome de mitrífero.
Solidéu: Acessório que o bispo usa embaixo da mitra, na celebração geralmente o bispo usa o solidéu em algumas partes que ele usa a mitra sobre ele.
sábado, 18 de agosto de 2012
O QUE É UM ACÓLITO
1. Os ministros litúrgicos
Na primeira lição do nosso curso dissemos que toda a assembleia litúrgica precisa de ministros litúrgicos para a servir. E também dissemos que, para a celebração da missa dominical decorrer sem atropelos, são precisos, pelo menos, quatro ministros: o presidente, o leitor, o cantor e o acólito.
Imaginem, por exemplo, que num domingo as pessoas se tinham reunido para a missa, mas não havia ninguém para fazer as leituras nem para cantar o salmo. O presidente tinha de presidir e, quando chegasse o momento, tinha também de ir ler as leituras, no caso de não haver ninguém na assembleia capaz de as proclamar, e isso faria com que a celebração sofresse um atropelo; se não houvesse cantor, o salmo responsorial teria de ser apenas lido, o que seria outro atropelo, pois o salmo deve ser cantado por um cantor diferente do leitor.
Se isso viesse a acontecer muitas vezes, poderia ficar-se com a ideia errada de que a missa é o que na realidade não é ou não deve ser. Se fosse sempre o presidente da celebração a fazer tudo, alguém poderia pensar que a missa é só dele, quando isso não é verdade, pois Jesus quis e quer que ela seja de todos os cristãos reunidos em assembleia. Jesus não quer que seja um só a fazer tudo, mas também não quer que haja alguns que nunca fazem nada. O que Ele mais gosta é que cada um faça o que deve fazer, para que a celebração seja de todos e todos sintam que são responsáveis por ela.
2. O que é o acólito?
A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.
Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração. Noutras celebrações, acompanha e serve as pessoas responsáveis por essas mesmas celebrações.
Quando é que o acólito começa a ajudar e a servir o presidente da missa? Quando o bispo ou o presbítero, na sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar. Depois, acompanha-os na procissão de entrada, indo à frente. Durante a missa, o acólito está sempre atento ao que o bispo ou o presbítero precisam, para lhes apresentar umas vezes o missal, outras vezes as coisas que eles hão-de colocar no altar, ou para os acompanhar quando vão distribuir a comunhão aos fiéis. Por fim, quando o presidente regressa à sacristia, o acólito vai à sua frente e ajuda-o a tirar as vestes e a guardá-las.
Só depois de tudo isso feito é que o acólito pensa em si próprio. No fim de ter ajudado o presidente da celebração, também ele tira a sua túnica e a guarda. Enquanto faz tudo isso, agradece a Jesus por ter estado a servi-lo na pessoa dos seus ministros, e pode lembrar-se daquela palavra do Senhor: Tudo aquilo que fizestes a um dos meus irmãos, mesmo aos mais pequenos, foi a mim que o fizestes.
Podemos então dizer que o acólito, desde o princípio até ao fim da missa, acompanha, ajuda e serve o próprio Jesus. Ele não o vê com os seus olhos; mas a fé ensina-o. Um verdadeiro acólito vai descobrindo isto cada vez mais. Se um acólito não o descobre, corre o risco de se cansar de ser acólito. Mas se o descobre e acredita nisso, então vai desejar sempre ser escolhido para acólito, em cada domingo.
3. Quem pode ser acólito?
Para explicar muito bem este assunto tenho de dizer várias coisas. A primeira é esta: há acólitos instituídos e acólitos não instituídos.
a) Acólitos instituídos
Chamam-se acólitos instituídos, aqueles que o bispo duma diocese chamou e fez acólitos. Este chamamento e esta instituição pelo bispo querem dizer que um acólito instituído é convidado a participar muito empenhadamente na celebração da Eucaristia, que é o coração da Igreja, e que o deve fazer sempre que esteja presente e for convidado a fazê-lo pelo responsável da celebração.
Também quer dizer que, dentro da mesma diocese, o acólito instituído pode ser chamado a realizar o seu serviço em qualquer paróquia, desde que o pároco o convide ou lho peça, uma vez que o bispo que o chamou é o bispo de todas as paróquias dessa diocese.
Quem é que pode ser acólito instituído? Só os rapazes que se preparam para isso durante bastante tempo. É o que acontece com os seminaristas, embora também possam ser chamados outros rapazes ou homens que não sejam seminaristas. Este pormenor quer dizer que, um dia, se esse rapaz ou homem vier a ser ordenado padre, deve não só servir bem, como bom acólito que foi, mas também ensinar os mais novos da paróquia onde estiver, a serem bons servidores, ou seja, óptimos acólitos, como o vosso pároco está agora a fazer convosco.
b) Acólitos não instituídos
Os acólitos não instituídos são em muito maior número do que os instituídos. São aqueles que nós conhecemos melhor, porque os vemos todos os domingos a servir na missa, nas nossas paróquias. Eles podem ser rapazes ou raparigas. Quem os chama para serem acólitos é o pároco de cada paróquia e não o bispo da diocese. Esse chamamento é precedido duma preparação. O Curso para Acólitos de que esta lição faz parte, tem por fim ajudar a fazer essa preparação.
Juntamente com o Curso é muito importante praticar o serviço de acólito, procurando fazê-lo cada domingo com maior perfeição e atenção, mas sobretudo com muito espírito de fé. Podemos dizer que Jesus foi o primeiro de todos os acólitos, pois disse um dia estas palavras: Eu estou no meio de vós como quem serve. Ora, o acólito, quer seja instituído quer seja não instituído, é e deve ser cada vez mais um rapaz ou uma rapariga que gostam de servir a Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que moram em sua casa e com os que com eles convivem mais de perto, e também na liturgia.
4. Os serviços dos acólitos não instituídos
Como o nosso Curso se destina aos candidatos a acólitos não instituídos nas Paróquias, vamos enumerar as suas funções principais na missa de cada domingo.
Antes de começar a missa:
— prestar todos os serviços ao presidente e ver se o altar e tudo o mais está preparado para a celebração.
Ao começar a missa:
— na procissão de entrada, a caminho do altar, levar a cruz, assim como os círios acesos.
Durante a missa:
— servir o presidente em tudo o que for preciso: apresentar o missal e as coisas necessárias para preparar o altar;
— acompanhar o presidente e os ministros extraordinários durante a distribuição da comunhão aos fiéis;
— arrumar os vasos sagrados, na credência, depois da purificação.
No fim da missa:
— acompanhar o presidente e ajudá-lo a tirar as vestes. Só depois disso é que o acólito tira a sua túnica.
Nesta lição apenas enumerámos as coisas mais importantes. Mais tarde diremos tudo com mais pormenor.
O ALTAR
1. O que é o altar?
Na terceira lição do nosso curso fizemos a apresentação do interior de uma igreja e dissemos que, no presbitério, havia vários objectos importantes. Um deles é o altar. Será esse o assunto desta quinta lição.
Dizem os Evangelhos que, na sua última Ceia, Jesus, depois de Se sentar à mesa com os Apóstolos (Lc 22, 14), tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: Tomai, todos, e comei: isto é o meu Corpo. No fim da Ceia, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos seus discípulos, dizendo: Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim.
Os primeiros cristãos chamaram mesa do Senhor (1 Cor 10, 21) à mesa onde celebravam a Ceia que Jesus lhes recomendara que fizessem em sua memória.
De facto o altar cristão é, em primeiro lugar, a mesa da Ceia do Senhor, e em segundo lugar o centro da celebração da missa, como diz o missal: «O altar, em que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a participar quando é convocado para a missa..., e ainda o centro da acção de graças celebrada na Eucaristia».
É no altar que se depõe o pão e o vinho que se tornarão Corpo e Sangue de Cristo. É desta mesa que se aproximam os que desejam receber o pão da vida e o cálice da salvação. O altar é, portanto, uma mesa, mas mesa muito especial que deve ser tratada com muito respeito e carinho. Mais tarde diremos outras coisas acerca do altar. Por agora ficamos apenas com esta noção que é importante. O altar é a mesa da Ceia de Cristo. É nele que se celebra a Eucaristia.
2. Um só altar
Quando as reuniões dos cristãos se faziam nas casas de alguns deles, como vimos na segunda lição, a mesa da Ceia do Senhor era colocada na sala só no momento em que se trazia o pão e o vinho para a celebração da Eucaristia.
Ao começarem a construir-se as primeiras igrejas, o altar passou a ser fixo, isto é, a estar sempre no mesmo lugar. Já não se punha e tirava como até então. Mas continuou a haver um só altar em cada igreja. Para quê? Para mostrar melhor que Jesus tinha feito uma única última Ceia, e que é nela que todos os cristãos, que formam um só povo, comungam o corpo e o sangue do seu único Senhor, que é também o único Salvador que morreu e ressuscitou por todos os homens e mulheres.
Mais tarde, passou a haver muitos altares nas igrejas. Isso não foi bom, porque às vezes, numa mesma igreja, à mesma hora e em diversos altares, havia vários padres que celebravam missa para vários grupinhos de fiéis. Estamos a ver os resultados que daí nasceram: cada grupinho dizia que tinha estado na sua missa. Até parecia que não pertenciam todos a um só povo cristão, ou então que Jesus não tinha feito uma única última Ceia.
As normas litúrgicas actuais dizem que, em cada igreja, construída de novo, é melhor haver um altar: «É preferível que nas novas igrejas a construir se levante um só altar, para que na assembleia una dos fiéis o altar único signifique que há um só Cristo e uma única Eucaristia da Igreja».
Nas igrejas antigas, com muitos altares, nada se deve fazer sem estudar muito bem cada caso: «Nas igrejas já construídas, quando nelas existir um altar antigo que torne difícil a participação do povo, e que não se possa transferir sem detrimento do seu valor artístico, construa-se outro altar de forma artística e devidamente dedicado, e realizem-se apenas nele as celebrações sagradas. Para não desviar a atenção dos fiéis, não se adorne de modo especial o altar antigo».
3. As coisas que se colocam no altar
Hoje em dia, quando está junto do altar, o presidente volta-se para a assembleia. Mas ainda não há muitos anos que não era assim. Quando o sacerdote celebrava missa, fazia-o de costas voltadas para os fiéis. Foi o Concílio Vaticano II que restaurou o costume primitivo, ao dizer que, «nas igrejas novas, o altar deve ser construído afastado da parede, de modo a permitir andar à volta dele e celebrar a missa de frente para o povo». Nas igrejas antigas também se fez essa adaptação. Hoje, todos os bispos e presbíteros celebram a missa voltados para os fiéis.
O altar pode ser de pedra, de madeira, ou de outros materiais sólidos, e as suas dimensões não precisam de ser muito grandes. Por ser no altar que se celebra a Eucaristia e se distribui o Corpo e o Sangue de Cristo aos fiéis, está sempre coberto com uma toalha branca. Isso mostra bem que a missa é uma festa. Em nossa casa, nos dias de festa, também se cobre a mesa do almoço ou do jantar com uma toalha bonita.
Em cima do altar ou à volta dele colocam-se os castiçais com velas acesas, mas de maneira que os fiéis possam ver bem o que se realiza nele. Porque pomos nós velas acesas junto do altar ou em cima dele? Para recordar que Cristo é a luz do mundo, e que essa luz continua a brilhar na Igreja para iluminar toda a família humana. Além disso, as velas acesas são sinal de festa.
Na igreja também deve haver uma cruz com a imagem de Jesus crucificado. Deve ser uma cruz proporcional às dimensões da igreja e bem visível a toda a assembleia. Não deve, portanto, ser uma cruz pequenina. Onde colocá-la? Junto do altar ou noutro lugar conveniente.
Sobre o altar, fora da celebração, não se devem pôr outras coisas. Ele é a mesa da Ceia do Senhor, e essa mesa merece-nos muito respeito. Por isso, quando nela se colocam flores, devem ser poucas, e postas num dos lados do altar, para não dificultarem a visibilidade: «A ornamentação com flores deve ser sempre moderada, e em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se perto dele».
4. Outras coisas que se põem no altar durante a missa
Para poder celebrar-se a Eucaristia são precisas outras coisas no altar. Vamos falar delas e vê-las com os nossos olhos, para lhes fixarmos melhor os nomes e as sabermos distinguir umas das outras.
Quando a missa começa, o leitor, que traz o Evangeliário na procissão de entrada, coloca-o sobre o altar, e aí fica até à proclamação do Evangelho, onde o presidente o vai buscar e o leva para o ambão. No fim da liturgia da palavra, quando o presidente vai para o altar, o acólito leva o Missal para lá. Depois vai entregando nas mãos do presidente várias coisas, e todas são colocadas no altar pelo presidente: o corporal, a patena e a píxide com o pão, o cálice e o sanguinho (à medida que se for falando em cada um destes objectos, devem mostrar-se aos acólitos, para eles irem aprendendo os seus nomes).
Também pode ser o acólito a colocar no altar o corporal, o sanguinho e o cálice. Mas é mais bonito que ele entregue tudo nas mãos do presidente.
Se no altar houver um microfone, deve ser de pequenas dimensões.
SER ACÓLITO
1. O acólito vai para a igreja
Cada domingo, algum tempo antes de começar a missa, o acólito deve ir para a igreja, sempre muito bem vestido e limpo, desde o cabelo até aos sapatos, sem esquecer as mãos e as unhas.
Não se esqueça de uma coisa importante: quem vai receber a santíssima Eucaristia, não deve tomar nenhuma comida ou bebida, excepto água ou remédios, pelo espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão. Isto quer dizer que o acólito deve terminar o pequeno-almoço cerca de 15 minutos antes de começar a missa, dado que desde o princípio da missa até à comunhão se demoram 45 minutos. Não se esqueça também de que, durante a missa, não deve chupar rebuçados nem outras guloseimas. Na igreja não se come comida vulgar. Só se comunga o Corpo de Cristo.
2. O acólito chega à igreja
Ao chegar à porta da igreja, o acólito deve cumprimentar os companheiros e as pessoas que ali estiverem. Pode também esperar um pouco por outros acólitos que ainda não tenham vindo. É bom estar ali um bocadinho, em grupo, contando ou ouvindo alguma novidade.
Ao entrar na igreja, deve começar por ver se há algum cartaz ou notícia nova no guarda-vento ou no expositor, e também se lhe está atribuído algum serviço nesse dia: acolitar, recolher as ofertas, acolher as pessoas à porta da igreja, distribuir alguma folha. São serviços que pertencem aos acólitos.
Por fim, o acólito dirige-se para os primeiros bancos da igreja. É aí o seu lugar, não nos bancos de trás. Porquê? Porque pode ser necessário chamá-lo para algum serviço durante a celebração, e, se estiver à frente, isso torna-se mais fácil. E também porque é bonito ver os mais novos uns ao pé dos outros.
3. O acólito saúda Jesus
Que faz o acólito ao chegar ao seu lugar nos bancos da frente? Ajoelha e saúda Jesus, que está presente na Eucaristia guardada no sacrário. Jesus é o grande amigo de todos os cristãos, e a nossa primeira palavra deve ser sempre para Ele. Nas igrejas mais modernas há uma capela do Santíssimo. Se for esse o caso, é para aí que o acólito se deve dirigir, a fim de saudar Jesus.
Como se saúda Jesus? Primeiro ajoelhando, a seguir inclinando a cabeça, depois fazendo sobre si próprio o sinal da cruz, e por fim ficando uns momentos em adoração. Vejamos como se faz cada um destes gestos.
Como se ajoelha? Com os dois joelhos e conservando o corpo bem direito. Há pessoas que, depois de ajoelhar, se sentam nos calcanhares, o que é muito feio. Não se deve confundir o ajoelhar com ambos os joelhos e o genuflectir com um só joelho. Falaremos disso mais tarde. Porque se inclina a cabeça? Porque essa é uma forma de saudar Jesus, com um gesto de humildade, que é o significado da inclinação da cabeça. Assim como ajoelhar significa tornar-se pequeno diante de Deus, inclinar a cabeça é manifestar que temos consciência da nossa pequenez. Como se faz o sinal da cruz? Faz-se com a mão direita aberta e os dedos juntos, indo com a mão da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito, ao mesmo tempo que se diz: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O sinal da cruz é o sinal identificativo dos cristãos, porque foi na cruz que Jesus deu a vida por nós. Que diz o acólito durante os breves momentos de adoração? Pode dizer, por exemplo: Jesus, hoje é domingo, o dia da tua ressurreição, e eu estou aqui na igreja da minha terra para celebrar a tua Ceia. Faz-me bom cristão, bom paroquiano e bom acólito.
Tudo isto deve ser feito com muita dignidade e sem pressa, pensando n’Aquele que estamos a saudar. Depois de rezar durante alguns momentos o acólito, se nesse dia for ele a acolitar, vai para a sacristia e veste a sua túnica. Se não for o seu dia de acolitar, fica sentado no banco, a olhar para o sacrário e a falar com o Senhor. Mas não deve estar a falar com quem está ao seu lado, nem a rir, nem a brincar, nem a fazer mal.
4. A túnica do acólito
Todos os que servem no presbitério usam uma veste branca, a começar pelo presidente da celebração e a acabar nos acólitos. A veste dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos chama-se alva, palavra que quer dizer veste branca. À dos acólitos chama-se-lhe túnica, que é uma veste também branca mas mais ajustada ao corpo do que a alva.
O acólito não veste a túnica logo na primeira vez que exerce este serviço. É bom, primeiro, que faça o Curso para Acólitos, e que, mesmo sem túnica, durante alguns domingos, esteja junto dos outros companheiros que já são acólitos, e aprenda, pouco a pouco, a fazer as coisas com eles. Quando o responsável dos acólitos entender que algum dos candidatos está preparado para acolitar bem, informa disso o pároco e este, num domingo, depois da homilia, chama-o, nomeia-o acólito e entrega-lhe a túnica, o cíngulo e uma pequena cruz de madeira. A mãe do acólito ou outra pessoa sua amiga vem ajudá-lo a vestir-se e, nesse mesmo domingo, é ele o primeiro que leva para o altar o pão ou alguma das outras coisas que estão na credência.
Geralmente é a mãe do acólito que lhe deve fazer a túnica, que será cingida à cintura por um cíngulo ou cordão, também branco. A túnica deve estar sempre muito bem lavada e passada a ferro. As túnicas dos acólitos também podem pertencer à paróquia. Nesse caso, deverão ser de tamanhos diferentes, para se adaptarem facilmente à altura de cada acólito.
A cor branca da túnica recorda ao acólito que ele deve viver na graça de Deus, ser puro de coração e servir o Senhor com alegria, dignidade e generosidade.
O acólito deve aprender a atar o cíngulo e a arranjar a túnica, para não ir com ela de qualquer maneira, porque isso é feio. Se não sabe fazer o nó do cíngulo, peça ao senhor padre ou a outra pessoa que o ensine.
O acólito já deve ter a túnica vestida quando o senhor padre chega à sacristia, para poder ajudá-lo a vestir-se. Quando ele chega, cumprimenta-o e, quando ele veste a alva, dá-lhe o cíngulo e ajuda-o a arranjar a alva, para ficar à mesma altura, em baixo, tanto adiante como atrás.
O acólito nunca deve chegar atrasado. Isso é falta de educação e impede que a missa comece à hora marcada.
O lema do acólito é constituído por três palavras, e todas começam por um «A»: Amigo, Asseado, AtentoO acólito é amigo de todos mas particularmente do seu pároco, é asseado desde a ponta dos cabelos ao bico dos pés, e está sempre atento ao que é preciso fazer. E é Pontual.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Dicionário Litúrgico
-Acólito é o ministro litúrgico que serve o presidente e o altar.
-Altar é o lugar do sacrifício de Cristo e a mesa onde se celebra a Eucaristia.
-Alva é a veste branca que cobre todo o corpo e é comum a todos os ministros da celebração litúrgica.
-Ambão é o lugar donde se proclama a Palavra de Deus, nas leituras e no salmo responsorial.
-Amito é um retângulo de pano branco que se pode colocar por debaixo da alva em volta do pescoço, para cobrir perfeitamente a gola da camisa.
-Assembleia é a primeira realidade visível da liturgia cristã, isto é, são as pessoas reunidas para a celebração.
-Assentos para os ministros, são os lugares onde se sentam os acólitos e os outros ministros.
- Atrio:é o primeiro espaço à entrada das igrejas.
-Bacia é um dos três objectos das lavandas.
-Báculo é uma espécie de bastão que o bispo, quando caminha ou quando fala, segura na mão.
-Bancos são os lugares onde sentam os fiéis.
-Batistério é o lugar onde está a fonte baptismal para a celebração do baptismo.
-Basílica é o nome dado às grandes igrejas cristãs.
-Bispo é o sucessor dos Apóstolos e o primeiro sacerdote numa diocese; sempre que está presente, é ele que preside às acções litúrgicas.
-Cadeira presidencial é aquela donde o bispo e o presbítero presidem à celebração, quando não estão no altar, e na qual se sentam.
-Cadeiras são os lugares onde se sentam os fiéis.
-Caldeirinha de água benta é apresentada ao bispo ou ao presbítero por um acólito.
-Cálice é a taça ou o copo onde se põe o vinho e um pouco de água, e se faz a consagração.
-Capa de asperges é uma capa usada em algumas celebrações.
-Capela batismal é o mesmo que batistério.
-Casula é a veste ampla, branca ou de outra cor, aberta dos lados e sem mangas. Usam-na o bispo e o presbítero na Missa.
-Cátedra é a cadeira onde, na sua igreja, se senta o bispo.
-Catedral é a igreja principal duma diocese, a igreja do bispo.
-Ceroferários são os acólitos que levam as velas nas procissões.
-Cíngulo é o cordão branco com que se aperta a alva quando ela não se ajusta completamente ao corpo.
-Círio pascal é o círio grande, que se acende na Vigília pascal, e que simboliza a luz de Cristo ressuscitado.
-Colherinha da água é uma colher pequenina com que se tira uma gota de água da galheta e se lança no cálice, onde se mistura com o vinho.
-Colherinha do incenso é uma colher pequena para tirar o incenso da naveta e o pôr no turíbulo. Vai dentro da naveta, juntamente com o incenso.
-Confessionário é o lugar onde se celebra o sacramento da penitência ou da reconciliação.
-Corporal é o quadrado de linho que o acólito leva da credência para o altar, e que o presidente estende sobre a toalha da mesa do Senhor.
-Credência é uma pequena mesa que se coloca num lugar discreto do presbitério e sobre a qual, antes da Missa, se põe tudo o que vai ser preciso nalgum momento da celebração.
-Custódia é um objeto de metal, redondo, onde se coloca a hóstia grande consagrada, para que os fiéis adorem o Corpo de Cristo. A custódia usa-se na exposição solene do -Santíssimo Sacramento e nas procissões eucarísticas.
-Dalmática é uma veste solene, com meias mangas, que o diácono pode usar.
-Diácono é um colaborador do bispo, e o primeiro de todos os que servem na liturgia.
-Estola é uma peça comprida e estreita de pano, da cor litúrgica do dia, que se põe sobre a alva. O bispo e o presbítero deixam-na cair sobre o peito, ao passo que o diácono a usa em diagonal sobre o peito.
-Galhetas são os dois pequenos recipientes com o vinho e a água que os acólitos levam ao altar no momento da preparação dos dons.
- Sino: objeto metálico que se toca na altura da Consagração.
-Hissope é o objeto de metal com o qual se asperge a água benta sobre as pessoas, os lugares e as coisas. Está habitualmente dentro da caldeirinha de água benta.
-Hóstia é o nome do pão da Eucaristia, quer antes quer depois de consagrado.
-Hóstia grande é aquela que o sacerdote segura nas mãos à consagração e depois mostra aos fiéis. É redonda, feita de farinha de trigo amassada com água, sem fermento nem sal.
-Incenso é uma resina granulosa que, quando se queima, exala um cheiro aromático.
-Hóstias pequenas são aquelas que, depois de consagradas, se dão em comunhão aos fiéis. São redondas, feitas de farinha de trigo amassada com água, sem fermento nem sal.
-Jarra com água é um dos três objectos das lavandas.
-Lamparina de azeite / Lamparina especial é a lamparina que se encontra ao lado do -Sacrário e que indica e ilumina o corpo de Cristo.
-Lavandas são as coisas necessárias para que o sacerdote possa lavar as mãos antes de dar início à Oração eucarística: a bacia, a jarra com água e a toalha. São-lhe apresentadas pelos acólitos.
-Lecionário é o livro que contém as leituras bíblicas que se lêem na Missa e nas outras celebrações. São oito volumes diferentes.
-Missal é o livro grande que contém as orações próprias da Missa e que diz como se organiza e realiza a celebração.
-Mitra é a insígnia com que os bispos cobrem a cabeça em certos momentos das celebrações litúrgicas.
-Naveta é o recipiente onde vai o incenso.
-Pala é um pequeno rectângulo de pano de linho com que se pode cobrir o cálice.
-Partículas é outro nome que se dá às hóstias pequenas.
-Patena é um recipiente em forma de prato pequeno, onde se põe o pão que vai ser consagrado.
-Píxide é o recipiente em forma de copo no qual se põem as partículas, e no qual se guardam no sacrário.
-Pluvial é o mesmo que capa de asperges.
-Presbitério significa o conjunto dos presbíteros de uma diocese, e o lugar da igreja onde estão o altar, o ambão e a cadeira presidencial.
-Presbítero é o colaborador mais directo do bispo, e aquele que mais habitualmente preside às celebrações litúrgicas. Também se lhe chama padre ou sacerdote.
-Ramo de oliveira é um pequeno ramo que se pode usar, em vez do hissope, para aspergir a água benta.
-Rituais são os livros que contêm as celebrações de alguns sacramentos (baptismo, culto eucarístico fora da Missa, penitência, unção dos doentes, matrimónio), e dos sacramentais (bênçãos, exéquias, profissão religiosa, etc.).
-Sacrário ou tabernáculo é o lugar onde se guarda o pão consagrado depois da celebração da Eucaristia, e diante do qual os fiéis podem orar em silêncio, quando entram na igreja ou antes de sair dela.
-Sacristia é a sala da igreja onde se guarda tudo o que é preciso para a liturgia e onde os ministros tomam as vestes litúrgicas antes de começar a celebração.
-Sanguinho / Sanguíneo é um pedaço pequeno de pano branco que serve para limpar e enxugar o cálice e a patena depois da Comunhão.
-Sinos são os objectos metálicos que estão na torre da igreja e cujo som convoca os fiéis para as celebrações; também servem para o relógio bater as horas.
-Toalha branca é aquela com que a mesa do altar está coberta.
-Toalha de mão é um dos três objectos das lavandas.
-Túnica é a veste branca do acólito, mais ajustada ao corpo do que a alva.
-Turíbulo é o queimador do incenso.
-Turiferário é o acólito que leva o turíbulo e a naveta nas mãos durante as procissões.
-Vasos dos santos óleos são os recipientes em que se guardam os santos óleos do -Crisma, dos catecúmenos e dos enfermos.
-Velas são feitas de cera de abelha, acendem-se no altar para o iluminar e levam-se acesas nas procissões.
-Véu do cálice é um retângulo de seda com que se deve cobrir o cálice quando está na credência. Pode ser de várias cores. Mas pode usar-se sempre a cor branca.
Oração do Acólito
Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente conosco,
tornai-me digno de Vos servir no altar da Eucaristia,
onde se renova o sacrifício da Cruz
e Vos ofereceis por todos os homens.
Vós que quereis ser para cada um
o amigo e o sustentáculo no caminho da vida,
concedei-me uma fé humilde e forte,
alegre e generosa,
pronta para Vos testemunhar e servir.
E porque me chamaste ao Vosso serviço,
permiti que Vos procure e Vos encontre,
e pelo Sacramento do Vosso Corpo e Sangue,
Permaneça unido a Vós para sempre.
Amém.
Oração de São Francisco de Assis
Senhor!
Fazei-me um instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia que eu leve a união
Onde houver dúvida que eu leve a fé
Onde houver erro que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver tristeza que eu leve a alegria
Onde houver treva que eu leve a luz! Oh, Mestre!
Fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a Vida Eterna
domingo, 5 de agosto de 2012
São Tarcísio
São Tarcísio viveu em Roma por volta do ano 258 da era cristã. A wikipedia italiana indica como provável que tenha vivido entre 263 e 275 d.C. O pouco que se sabe sobre ele vem da epígrafe em seu túmulo, escrita pelo Papa Dâmaso I, que foi papa no século seguinte ao que Tarcísio viveu. É considerado o padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários.
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão. Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.
Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.
Patronato
São Tarcísio é o patrono dos Acólitos e Ministros Extraordinários da Eucarístia.
É também padroeiro dos operários que sofrem perseguições devido a suas crenças religiosas.
Tarcísio viveu em Roma por volta do ano 285 da era cristã. Quando um dia foi preso pelo Valeriano.
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